
Já que estamos no mundo tão rico da infância falemos de meninices. Pois há uma menina que volta e meia me visita arteira e sempre me convida a sorrir e a sair da seriedade do mundo adulto. Para essa menina escrevo. Para ela eu canto uma valsa escrita por Vinicius. Que dentro de mim ela esteja sempre a três palmos do chão, para que eternamente eu ame a simplicidade das belas coisas da vida.
"Menininha do meu coração
Eu só quero você
A três palmos do chão"
(Vinicius de Moraes)
Menince Infinta
Agnes Alencar
Ela cirandava em volta de mim
Me sorria, me puxava, me guiava
Era a mim
Era ela
Menina
.
Ela pulava em minha mente
Me visitava arteira
Seis palmos do chão
Pequena minha
A vida
Menina –brincadeira
.
Ela sorria em meus braços
Eu a fazia saltar
Me abraçava, fugia e dissimulava
Era a infância
A dela, a minha
A da menina
.
As cantigas de roda aqui estão
As cantigas de roda aqui estão
São nossas
Na mente, nos sorrisos, nos abraços
Sou ela, a meninice
.
As canções de ninar ainda vivem
São meninas-brincadeiras
Arteiras
Que sorriem, pulam, cirandam
E me embalam encantando
“dorme pequena, dorme”
A meninice nunca morre.
É o que parece? Temos cá uma autora?! Esse blog está surprendente!
ResponderExcluirAutora?! Como você me diverte.
ResponderExcluirSó se for da minha própria leitura de mundo. (he,he,he piada interna) e só isso já demais não?