"Cada libro, cada tomo que ves tiene alma. El alma de quien lo escribió y el alma de quienes lo leyeron y vivieron y soñaron con el (...) Los libros son espejos: sólo se ven en ellos lo que uno ya lleva dentro"

(Carlos Ruiz Zafón, La sombra del viento)

terça-feira, 8 de abril de 2014

Imaginando casas

Hoje, dia 08 de Abril de 2014, estamos retomando o blog que ficou parado ou mais ou menos parado por mais de um ano.

Começo por uma casa imaginária, a do Gui B.

Todos temos nossos afetos, nossos ensejos, casas que lemos, sonhamos, experimentamos e imaginamos. A do Gui é feita de doce e fica embaixo d'água, a minha é feita de livros e é cheia das minhas muitas saudades. Como seria a sua casa imaginada? Que tal nos contar?

Este projeto é do site Casa Aberta e lá tem outras casas imaginadas que podem ser visitadas. A do Gui é a minha favorita.




sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Rebecca Dautremer




Rebecca Dautremer é uma professora, escritora e ilustradora francesa. Nosso primeiro "encontro" foi em uma enorme livraria francesa, na prateleira da sessão infantil. Chamo de encontro a minha descoberta de seus livros. Foi amor a primeira vista. Primeiramente a delicadeza de seus traços me chamou atenção por remeterem aos traços do André Neves, ilustrador brasileiro pelo qual tenho enorme apreço. Comprei dois de seus livros, e a semelhança com Neves que me aproximou dela em um primeiro momento, deu espaço para um sentimento de que nunca tinha visto coisas assim antes. Me apaixonei mesmo! Cheguei no Brasil com aqueles dois livros e fiquei pesquisando sobre ela, sobre seus livros, buscando traduções. Menos de seis meses depois a primeira tradução chegou ao Brasil: Princesas: desconhecidas ou esquecidas. Com a tradução vieram outras obras, algumas ainda não traduzidas, e eu pude descobrir novos traços de Rebecca Dautremer. Meu preferido é a sua linda versão para Alice no Pais das Maravilhas - um dos meu livros favoritos. Adquiri tão logo o vi. Ontem adquiri um novo, seu artbook, com seus rascunhos, seu processo criativo, seus projetos. Amei! Gosto muito de ler o pensamento em andamento, desenhos por cima de desenhos, projetos em cima de projetos, bagunça de pensamentos embaralhados, etc. Compartilho então alguns vídeos de entrevistas e de seus trabalhos. Lamento que os vídeos de entrevista estejam em francês, porém, acredito que possam de todo modo nos transportar para esse mundo mágico de Rebecca Dautremer.

Art of Alice au pays des merveilles
Interview avec Rébécca Dautremer

L'art de Rébécca Dautremer





- Posted using BlogPress from my iPad

terça-feira, 27 de novembro de 2012

Um pouco de mitologia

Agora já se disse tudo o que estava relacionado à natureza da Terra e seus governantes no início dos tempos, e antes que o mundo se tornasse tal como os Filhos de Ilúvatar o conheceram. Pois elfos e homens são os Filhos de Ilúvatar; e, como os Ainur não entendessem plenamente o tema através do qual os Filhos entraram na Música, nenhum Ainu ousou acrescentar nada de seu próprio alvitre. Motivo pelo qual os Valar estão para essas famílias mais como antepassados e chefes do que como senhores. E, se algum dia no seu trato com elfos e homens, os Ainur tentaram forçá-los quando eles não queriam ser orientados, raramente o resultado foi bom, por melhor que fossem as intenções. As relações dos Ainur na realidade se deram principalmente com os elfos, pois Ilúvatar os fez mais parecidos com os Ainur, embora inferiores em poder e em estatura; emquanto aos homens conferiu dons estranhos.
 
Pois diz-se, que depois da partida dos Valar, houve silêncio, e, por uma eternidade, Ilúvatar permaneceu sentado, meditando. Falou ele então e disse: - Olhem, eu amo a Terra, que será uma mansão para os quendi e os atani! Mas os quendi serão as mais belas criaturas da Terra; e irão ter, conceber e produzir maior beleza do que todos os meus Filhos; e terão a maior felicidade neste mundo. Já aos atani concederei um novo dom. Ele, assim, determinou que os corações dos homens sempre buscassem algo fora do mundo e que nele não encontrassem descanso; mas que tivessem capacidade de moldar sua vida, em meio aos poderes e aos acasos do mundo, fora do alcance da Música dos Ainur, que é como que o destino de todas as outras coisas; e por meio de sua atuação tudo deveria, em forma e de fato, ser completado; e o mundo seria concluído até o último e mais ínfimo detalhe.
 
Ilúvatar sabia, porém, que os homens, colocados em meio ao torvelinho dos poderes do mundo, se afastariam com frequência do caminho e não usariam seus dons em harmonia; e disse: - Esses também, no seu tempo, descobrirão que tudo o que fazem resulta no final em glória para minha obra. - Contudo, os elfos acreditam que os homens costumam ser motivo de tristeza para Manwë, que conhece a maior parte da mente de Ilúvatar; na opinião dos elfos, os homens são mais parecidos com Melkor do que com qualquer outro Ainur, embora Melkor sempre os tenha temido e odiado, mesmo aqueles que lhe prestaram serviços.
 
 
Inclui-se, nesse dom de liberdade, que os filhos dos homens permaneçam vivos por um curto intervalo no mundo, não sendo presos a ele, e partam logo, para onde, os elfos não sabem. Ao passo que os elfos ficam até o final dos tempos, e seu amor pela Terra e por todo o mundo é mais exclusivo e intenso por esse motivo e, com o passar dos anos, cada vez mais cheio de tristezas. Pois os elfos não morrem enquanto o mundo não morrer, a menos que sejam assassinados ou que definhem de dor (e a essas duas mortes aparentes eles estão sujeitos); nem a idade reduz sua força, a menos que estejam fartos de dez mil séculos; e, ao morrer, eles são reunidos na morada de Mandos, em Valinor, de onde podem depois retornar. Já os filhos dos homens morrem de verdade, e deixam o mundo; motivo pelo qual são chamados de Hóspedes ou Forasteiros. A morte é seu destino, o dom de Ilúvatar, que, com o passar do tempo, até os Poderes hão de invejar. Melkor, porém, lançou sua sombra sobre esse dom, confundindo-o com as trevas; e fez surgir o mal do bem; e o medo, da esperança. Outrora, no entanto, os Valar declararam aos elfos em Valinor que os homens juntarão suas vozes ao coro na Segunda Música dos Ainur; embora Ilúvatar não tenha revelado suas intenções com relação aos elfos depois do fim do Mundo; e Melkor ainda não as tenha descoberto.
 
J.R.R. Tolkien. O Silmarillion. Martins Fontes, 2009. pp. 35 - 37.

Uma das minhas paixões.

Ilustração 1: Beren e Lúthien.
Ilustração 2: A batalha de Fingolfin e Morgoth (Melkor)
Retiradas de http://mundodosenhordosaneis.blogspot.com.br/p/o-silmarillion.html

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Como seriam as mesas nos livros

Depois de um longo e tenebroso inverno, retomo as postagens do Blog. A monografia finalmente foi entregue e agora pude retomar algumas atividades prazerosas.

Deparei-me com essa deliciosa matéria: Como seria as mesas nos livros

Um pequeno projeto de uma designer apaixonada por livros, Dinah Fried, recria mesas de cinco romances. Abaixo uma pequena provinha, como seria a mesa do Chá de Desaniversário do chapeleiro maluco e da lebre louca em Alice no país das maravilhas, uma querida que volta e meia retorna ao nosso blog.


terça-feira, 8 de maio de 2012

Maurice Sendak (1928-2012)

Eunícia me apresentou o livro através desta leitura dramatizada feita por Maurice Sendak, o autor. Hoje ele faleceu. No entanto, continua vivo em seus livros, em seus mundos fantásticos, e continua encantando e fazendo sorrir.