"Kaleba.
Que nunca te esqueças de ti
que nunca te esqueças de nós
alçando o vôo da liberdade
infinita num cântico sagrado
cântico tenor
cântico-amor
Feliz Natal,
André Araújo"
Enquanto eu estudo, leio poesia. Estava na biblioteca da PUC recentemente quando pedi ao armazém um dos livros de Cecília Meireles, "Cânticos". Deparei-me com esta bela dedicatória. O livro marcado pelo tempo, manchado e manuseado. Tentei pesquisar quem seriam os dois personagens, Kaleba e André Araújo. Na ausência de resposta, tentei imaginar. Então deixei-os em paz. Mas sigo encantada pela dedicatória que diz tanto em meio as manchas do tempo que marcam o livro editado na década de 1980. De fato como diz Mia Couto, as palavras - ainda que nossas - não moram em nós. As de André o pertenceram, mas agora, são um pouco minhas também. Seguem dizendo a tantos outros, ainda que o destino primeiro tenha sido Kaleba.
Enfim, embaralhando André, Mia e Cecília sorri:
"acima de nós, em redor de nós
as palavras voam
E às vezes pousam"
(Cecília Meireles)
As de André pousaram em mim...
Poxa... queria ser capaz de fazer dedicatórias assim... :) Muito bom.
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