"Cada libro, cada tomo que ves tiene alma. El alma de quien lo escribió y el alma de quienes lo leyeron y vivieron y soñaron con el (...) Los libros son espejos: sólo se ven en ellos lo que uno ya lleva dentro"

(Carlos Ruiz Zafón, La sombra del viento)

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Descoberta Recente

Recebi de presente em amigo oculto recente o Caderno de Sonetos de Tite de Lemos. Não conhecia o poeta ou a beleza de seus escritos. Compartilho com outros da mesma forma que compartilharam comigo.

I

A sombra o longo pátio visitava
e a sombra me assombrava. Ainda assombra
Porque brilhava o sol havia sombra
como um senhor carrega sua escrava


Não sei se sonho agora ou se sonhava:
na paisagem que vejo ainda há sombra
e a sombra que lá baila, ao léu, me assombra
a alma covarde num papel de brava


As maçãs me fugiram pelos dedos
com as águas de rápidos regatos
que passaram mais eu não vi passar


A tarde vem tecer velhos enredos.
Costura e recostura antigos fatos
como se a vida fosse algum tear. 

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