Quando falei de FRAGMENTOS DE UM DISCURSO AMOROSO de Roland Barthes no encontro do grupo hoje, indicava os desdobramentos das instâncias amorosas entre dois seres humanos, mas metáforas são possíveis e amamos animais, objetos e entre eles, os livros. Há ainda o amor a autores, que compõe de modo singular o amor a uma pessoa que muitas vezes não conhecemos e a idéia de 'pessoa' mistura-se a situações objetais (o autor como coisa amad).
Enfim, lembrei que Barthes diz um pouco sobre o sentimento que temos quando vemos o objeto amado ameaçado de algum modo. No seu pequeno 'dicionário' do amor, ele trata da Compaixão. Segue o verbete de abertura:
"O sujeito experimenta um sentimento de violenta compaixão em relação ao objeto amado, cada vez que o vê, o sente ou o sabe infeliz ou ameaçado, por esta ou aquela razão, exterior à relação amorosa ela mesma"
Lembrem da 'violência' da voadora... Agnes ama o Ilmar (não apenas ela, mas provavelmente meio mundo dos historiadores e certamente todos os que o conhecem) e Agnes ama o conhecimento, o saber que emanam das palavras do Ilmar, assim, o ataque à obra promove a compaixão que envolve a necessidade de responder em lugar de... Afinal, a amiga pode gostar ou desgostar do Ilmar ou de O Tempo Saquarema, cabendo a ele - pessoa ou autor - responder a esse desamor, mas Agnes quer dar uma voadora...
Para Barthes, Agnes ama.
:)
agendei a leitura do livro recomendado para as férias.
ResponderExcluirPara Agnes, Agnes ama. =D
e a voadora só não saiu porque eu sou muito controlada (e minha amiga tava do outro lado do balcão.)
Ha,ha,ha...
ResponderExcluir